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Carlos Antônio é acusado de dificultar atividades dos feirantes de Poranga

De acordo com os depoimentos da população, o valor cobrado para aluguel de um boxe é inacessível para os feirantes de Poranga - (Foto: Reprodução/WhatsApp)
De acordo com os depoimentos da população, o valor cobrado para aluguel de um boxe é inacessível para os feirantes de Poranga – (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Uma imagem publicada em grupos de conversa e nas redes sociais levantou questionamentos sobre as condições dos trabalhadores que necessitam do Mercado Público de Poranga, a 314km de Fortaleza. Na foto é possível constatar um idoso trabalhando em dia de chuva, cobrindo sua mercadoria apenas com uma lona. De acordo com depoimentos da população, o prefeito Carlos Antônio tem imposto dificuldades de acesso aos boxes do equipamento.

Segundo a proprietária de uma loja, que preferiu não se identificar, o idoso instalou sua barraca na calçada de seu estabelecimento. Apesar de prestar assistências pontuais ao feirante, a proprietária lamenta a falta de incentivo para a continuidade do trabalho do profissional.

Segundo a população de Poranga, Carlos Antônio é o principal responsável pelo impasse. O gestor é acusado de priorizar profissionais de cidades vizinhas em detrimento aos trabalhadores locais. A situação do feirante, identificado apenas como “Irmão Afonso”, é o recorte da maioria dos trabalhadores que sofrem com uma taxa considerada abusiva para conseguirem uma das instalações no Mercado Público.

Cobrança

Segundo moradores de Poranga, a Prefeitura passou a cobrar o valor de R$120 de aluguel por cada box. Após constantes reivindicações e baixa adesão por parte da população local, o valor cobrado passou para R$69. Segundo a responsável por repassar as informações para a ANC, o valor ainda é pesado, a ser levado em consideração as condições econômicas dos feirantes.

“Todos os dias o Irmão Afonso está aqui, faça chuva ou faça sol. Logo que o box foi disponibilizado, ele falou que não tinha condição de arcar com a taxa. Mas agora, com essas chuvas, ele teve de fazer um sacrifício. Porém, a Prefeitura disse que não tinha vaga e que a maioria dos boxes estavam alugados para feirantes de fora”, revelou.

Ainda segundo uma outra fonte, de todos os galpões disponíveis no Mercado Público, apenas três são ocupados durante a semana. De acordo com a declaração, mesmo que o aluguel seja mensal, os feirantes de cidades vizinhas só usam os boxes aos domingos, dia da feira que é realizada no Centro da cidade.

“Um simples coisa como essa revela incompetência. O prefeito não sabe implementar um processo de organização. Os feirantes de fora alugam os boxes, mas não ocupam. Durante a semana só serve para depósito. Impede totalmente a população de trabalhar”, declarou. 

A REDE ANC entrou em contato com o secretariado de Poranga. A matéria será atualizada mediante retorno da gestão.

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