De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), o Ceará possui 577 obras federais paralisadas no ano de 2022. O município líder do ranking é Fortaleza, com 34 construções inacabadas. O Estado cearense figura a quinta posição ficando atrás apenas do Maranhão, da Bahia, do Pará e de Minas Gerais.
Atualmente, 39,4% das obras que estão sendo realizadas no Ceará estão paralisadas, o que representa um prejuízo no valor de quase R$ 1,2 bilhão. Os empreendimentos voltados para a Educação são os mais afetados, seguidos por projetos de Turismo, Esporte, Infraestrutura, Saúde, Saneamento, Agricultura e Habitação.
Mais da metade das construções nessas condições sofrem com intercorrências nos contratos de repasse, onde a empresa abandona a obra ou rescinde o contrato. Outras motivações para as obras estarem inacabadas são problemas nos termos de compromisso, convênios e repasse direto de recursos de fundos federais para fundos de esfera estadual e municipal.
Divulgado a cada dois anos, o levantamento aponta que neste ano de 2022 o percentual de obras paradas é superior aos anos de 2020 e 2018. Os números, porém, podem ser maiores que os divulgados devido à inconsistência dos dados e dos critérios utilizados para taxar uma obra como inacabada.
Segundo o texto do Painel Informativo do TCU, a paralisação das construções acarreta não só em prejuízos financeiros, mas também impacta negativamente no cotidiano daqueles que viriam a ser beneficiados com a implantação do equipamento. No momento, 149 municípios cearenses possuem, pelo menos, uma obra paralisada ou inacabada.
Entre as obras ainda não concluídas estão a construção da Cadeia Pública de Tianguá; construção do Centro de Reabilitação, em Tauá; reforma de Unidade de Atenção Especializada em Saúde, em Pacatuba; construção de Quadras Poliesportivas, em Iguatu; e a reforma do Teatro São José, em Fortaleza.
