A Notícia do Ceará
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Ciro desanima e deve desistir de disputar a presidência

Disputar as eleições para a presidência da República em 2026 parece não estar mais nos planos de Ciro Gomes (PDT). Em algumas entrevistas recentes, o pedetista parece estar ciente de que o resultado nas urnas neste ano não será tão diferente do que vem sendo demonstrado nas pesquisas recentes para intenções de voto. Em declaração concedida à rádio Metrópole, de Salvador, na Bahia, nesta quarta-feira (14/09), Ciro foi taxativo: “e se eu não for eleito, chega para mim”.

No decorrer da entrevista à emissora baiana, o presidenciável ressaltou a sua idade e o tempo de dedicação à política brasileira, pondo em xeque se tal dedicação teria lhe angariado retornos relevantes. “Estou inteirando 65 anos. Devotei minha vida inteira a este país. Não tenho fortuna, não tenho empresas, abri mão de três aposentadorias, nunca fui processado e, às vezes, me pergunto: vale a pena? a população brasileira votando em corruptos porque o sistema está produzindo isso a cabeça do nosso povo”, justificou.

O discurso atual de Ciro é o oposto do que vinha sendo declarado pelo pedetista no período de pré-campanha. Um exemplo claro foi o trecho de uma entrevista concedida à Globo News, em julho. Ao ser indagado se ele seguiria com a candidatura à presidência, Ciro foi enfático ao responder a jornalista: “_Se eu vou até o fim com a candidatura? Eu vou ganhar essas eleições. Anote o que estou dizendo para você”.  

Oscilações

Ciro não mantém uma posição clara em seus pronunciamentos e oscila em seus discursos. Em encontro organizado pela Sociedade Brasileira para o progresso da Ciência, em julho, o candidato já dava indícios de que essa seria a sua última tentativa em se tornar presidente do Brasil: “se eu não ganhar agora, vou botar a viola no saco”, afirmou. 

O que parece não oscilar é a sua posição nas pesquisas de intenção de voto. Desde que começaram os primeiros levantamentos oficiais, registrados no Superior Tribunal Eleitoral (TSE), Ciro sempre figurou na 3ª colocação. É possível citar como exemplo um levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Quaest: Lula aparece com 42%, na liderança, enquanto o presidente Jair Bolsonaro vem logo em seguida, com 34% da preferência dos entrevistados. Ciro Gomes encerra o “Top3” com 7%.

O cenário se aparenta ainda mais desfavorável em outras divulgações. Segundo a pesquisa eleitoral BTG/FSB, que saiu nesta semana, Simone Tebet (MDB) está com 7% do eleitorado, tecnicamente empatada com Ciro Gomes, o que poderia fazer o pedetista encerrar as suas tentativas de assumir a presidência num inesperado 4º lugar.

Histórico de Ciro

Esta é a quarta vez que Ciro concorre à presidência do Brasil. A primeira vez foi em 1998, quando obteve 7.426.190 votos. Ele ainda se candidatou em outras duas oportunidades: 2022 e 2018. No último pleito, alcançou a marca de 13.344.371 votos, a maioria conquistados no Ceará.

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