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Cogerh revela danos nas bacias hidrográficas do Ceará

A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) divulgou recentemente dados preocupantes sobre o estado das bacias hidrográficas do Ceará. Segundo os Planos de Recursos Hídricos das regiões, elaborados em parceria com o Programa Cientista Chefe, todas as bacias enfrentam problemas de degradação ambiental, qualidade e quantidade de água.

Após três anos de intensa pesquisa, foram detalhados diagnósticos das bacias do Curu, Serra da Ibiapaba, Sertões de Crateús, Litoral, Coreaú, Salgado, Banabuiú, Alto Jaguaribe, Região Metropolitana de Fortaleza, Médio Jaguaribe, Baixo Jaguaribe e Acaraú. Entre os principais problemas identificados estão desmatamento, poluição hídrica, queimadas, ocupações irregulares, especulação imobiliária, extração mineral, além das recorrentes secas e cheias.

Cogerh revela diagnósticos danos nas bacias hidrográficas do Ceará
Foto: Francisco Fontenele

A coordenadora técnica da Cogerh no plano da bacia do Curu, Samiria Maria Oliveira, explicou que os diagnósticos foram realizados por meio de oficinas, seminários, questionários e entrevistas em campo. Aliado a isso, também foram considerados dados técnicos com percepções das comunidades locais e dos Comitês das Bacias Hidrográficas.

Além dos diagnósticos, os planos contemplaram etapas de prognósticos, que projetam cenários futuros de oferta e demanda de água, e a definição de programas e ações específicas para cada região hidrográfica. Estas ações visam aprimorar o abastecimento humano, otimizar o uso da água em atividades produtivas, capacitar os atores sociais e mitigar problemas relacionados aos recursos hídricos e ao meio ambiente.

O cientista chefe de Recursos Hídricos, professor Assis Filho, ressaltou que os diagnósticos foram discutidos nos Comitês de Bacias e servirão de base para a implementação de ações que visam reduzir os impactos das secas, cheias e melhorar a qualidade da água. Segundo o diretor de Planejamento da Cogerh, João Lúcio Farias, os planos serão colocados em prática e integrados aos planos de seca, com revisões periódicas a cada quatro ou cinco anos para atualização dos cenários.

“A gente espera que o próprio plano seja apropriado pelo próprio Comitê. A preocupação agora é a implementação dos planos, que estão previstos para 30 anos”, disse.

A aprovação dos Planos das Regiões Hidrográficas aconteceu durante seminário com participação dos membros dos Comitês de Bacias do Ceará, após um processo de desenvolvimento que durou cerca de três anos, incluindo discussões virtuais realizadas durante a pandemia. A Cogerh informou que os recursos utilizados nos Planos de Região Hidrográfica fazem parte de um projeto que produziu o piloto dos planos de secas em recursos hídricos, com um investimento total de R$ 1,7 milhões.

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