Neste ano, estão sendo registrados avanços significativos no abastecimento dos reservatórios do Ceará. Com um total de 7,23 bilhões de metros cúbicos de água armazenada, os aportes superaram os registros do ano anterior. Isso significa um marco positivo de 72 açudes sangrando, o melhor número desde 2009.
Na terça-feira (23/04), dois açudes atingiram sua capacidade máxima: São Domingos II, em Caririaçu, e o Martinópole. Este último não registrava sangria há 15 anos.
O volume acumulado no estado alcança atualmente 54,8% da capacidade total, com 12 açudes apresentando mais de 90% de sua capacidade. No entanto, ainda há 22 reservatórios com menos de 30% de volume total.
Apesar desses avanços, a bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús permanece em alerta, com menos de 25% de sua capacidade hídrica acumulada. Além disso, 22 reservatórios do estado estão abaixo de 30% de sua capacidade.
Os dados fornecidos pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) revelam que 14 reservatórios na Região Metropolitana de Fortaleza estão com capacidade máxima. Enquanto isso, os três principais açudes responsáveis pelo abastecimento da capital cearense estão com índices consideráveis: Gavião (93%), Pacoti (78%) e Riachão (77%).
Chuvas
Essa melhoria no abastecimento é resultado das chuvas registradas nos primeiros meses do ano. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), houve um desvio positivo de cerca de 90% em fevereiro.
Atualmente, o Castanhão, maior reservatório do país, encontra-se com 33% de sua capacidade. O Orós, segundo maior do estado, está em 73%, e o Banabuiú, com 41%.
Mais de metade do território cearense não apresenta seca relativa, conforme o Monitor de Secas. Apesar desses avanços, 42,55% do território cearense ainda enfrenta algum nível de seca, com a situação mais grave concentrada no sudoeste do estado, abrangendo parte do Sertão Central e Inhamuns.
