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Crateús: Duas espécies de peixes são aliadas no combate ao Aedes aegypti

281338027_dd08d857da_oAs espécies de peixes Guppy, conhecido como barrigudinho, e Lambari, a piaba, são protagonistas quando o assunto é o combate ao Aedes aegypti em Crateús, na região dos Inhamuns. Os peixes podem ser depositados em reservatórios de grande volume que não estão ligados à rede pública, como cacimbões, cisternas e tanques.

Além da eficiência no controle das larvas do mosquito, os peixes se reproduzem com facilidade, como explica Juraci Bezerra, coordenador da vigilância à saúde de Crateús.

“O Guppy tem uma grande vantagem, que ele se adapta bem a ambientes de baixa oxigenação. Já o Lambari prefere ambientes que tenham melhor qualidade da água e uma melhor oxigenação. Porém, ambos são extremamente eficientes na eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypti, além de ter uma grande reprodução. Muitas vezes quando a equipe de reposição e acompanhamento retorna aos reservatórios que foram tratados com essas piabas, eles encontram uma grande quantidade de alerginos e filhotes desses peixes. Dependendo do tipo de água do recipiente, a gente procura utilizar a espécie mais adequada”, indica Juraci, em entrevista à Rede Jangadeiro FM.

O que vai determinar a quantidade de peixes em cada reservatório é a presença ou ausência das larvas do Aedes aegypti. Em Crateús, esses depósitos de água são cadastrados pelo núcleo de controle de endemias. Uma equipe é responsável pela colocação dos peixes.

“A gente sempre dá preferência de que a equipe mesmo faça essa reposição porque há todo um procedimento no momento da colocação do peixe. Não é simplesmente chegar num ambiente e jogar o peixe dentro do reservatório. Há necessidade de toda uma adaptação, é necessário que se faça o equilíbrio da temperatura da água em que o peixe se encontra com a temperatura da água do reservatório, para evitar o choque térmico. A gente pode ver que praticamente 100% dos cacimbões é quase a totalidade de cisterna do nosso município. Pelo menos na sede do município e na zona rural, muitos já estão tratados com essa estratégia”.

Conforme Juraci, os peixes não são depositados em caixas d’água. Neste ano, sete casos de dengue foram confirmados no município de Crateús, segundo boletim da Secretaria Municipal de Saúde.

Tribuna do Ceará

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