Um total de 90 prefeitos estiveram reunidos na sede da Associação dos Municípios Cearenses (Aprece), nesta quarta-feira (23/08). Na ocasião, os gestores decidiram em conjunto os rumos da paralisação das Prefeituras do Ceará no dia 30 de agosto. De acordo com a entidade, o movimento já conta com a confirmação de 160 gestores, com a expectativa de que os 184 venham aderir a esta pauta até a data do manifesto.
Conforme o presidente da Associação, Júnior Castro, o principal motivo da manifestação reflete a insatisfação dos gestores com a queda no repasse das verbas federais. O político, que também é prefeito de Chorozinho, relata que o movimento tem o caráter cautelar e preventivo. “Queremos despertar a sociedade e os nossos parlamentares sobre a necessidade urgente de apoio aos municípios na parte financeira. Nós vivemos um momento difícil na arrecadação que compromete diretamente os nossos serviços. De forma responsável, a gente vai fazer a paralisação para que a população tenha ciência da necessidade dessa ajuda”, detalha.
Confira:
Ainda de acordo com o presidente da Aprece, o momento requer união e deve ser espelhado nas demais regiões do Brasil. Em Chorozinho, município que está sob sua gestão, a ideia é que apenas os serviços essenciais não sejam paralisados, orientação que deve ser seguida por cada Prefeitura que estiver engajada nesta forma de protesto.
Apesar da queda na arrecadação, o presidente da Aprece afirma que Chorozinho está em condições seguras, fato que não deve perdurar caso a situação de repasse permaneça a mesma. “Em Chorozinho a gente vem de uma reeleição. Desde de 2017 estamos equilibrando a parte financeira com muito planejamento e aperto. Graças a Deus a gente conseguiu fazer um caixa que nos proporciona a não atrasar salários e manter nossos fornecedores em dia, mas isso é finito. Se a arrecadação continuar caindo, uma hora isso vai acabar Queremos garantir que os serviços nos municípios não sejam paralisados por conta dessa falta de arrecadação”, esclareceu.