Nesta terça-feira (07/02) deputados estaduais assinaram um requerimento que visa a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Enel Ceará. Dos 46 parlamentares, 33 já se posicionaram favoráveis. O número corresponde a mais que o dobro do mínimo necessário para a implementação da CPI.
O recolhimento das assinaturas foi feito por Fernando Santana (PT), que atua como primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Segundo o deputado, o objetivo é que todos os parlamentares da Casa assinem o requerimento para que a investigação seja iniciada.
“Estamos colhendo assinaturas dos colegas para a abertura de uma CPI contra essa empresa que presta um péssimo serviço para o povo cearense. Eram necessárias 12 assinaturas e já conseguimos 33, mas quero dar oportunidade aos 46 parlamentares para que essa Casa possa combater esse desrespeito de forma unânime”, declarou.
De acordo com Fernando, uma comissão foi criada na Alece para estudar o contrato de concessão com a Enel, onde foi identificada uma série de irregularidades. O Ministério Público do Ceará (MPCE) também constituiu uma comissão voltada para esse sentido e está pedindo, entre outras ações, mais de R$ 63 milhões em multa por parte da empresa de distribuição energética.
O deputado informou ainda que na próxima semana haverá uma reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília, e, caso a situação não seja resolvida, a investigação será instaurada. “Se a Agência não resolver, essa Casa vai abrir a CPI, investigar a Enel, convocar diretores e vamos resolver esse problema que ninguém aguenta mais”, pontuou.
Para o parlamentar, os lucros que a empresa obtém no Ceará são exorbitantes, além da cobrança de preços injustos. Como exemplo, o deputado citou o anúncio feito pela Enel de que haverá um reajuste de 10% na tarifa de energia rural.