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Em áudio vazado, mãe do prefeito revela esquema de compra de apoio político

Um áudio vazado no município de Deputado Irapuan Pinheiro, a 220 km de Fortaleza, gerou um cenário de polêmica na política local. Zefinha Nunes, mãe do prefeito Gildecarlos (PDT), teria revelado a tentativa frustrada do atual gestor em “comprar” o apoio de Ilcivan Maciel, vereador da ala de oposição. 

Sem imaginar que o áudio tomaria tamanha proporção, ela faz revelações impactantes, inclusive de que o filho não irá cumprir parte das promessas de campanha no atual mandato. Ao reproduzir uma suposta conversa entre o atual prefeito e o vereador, Zefinha revela que, mesmo recebendo uma oferta financeira, Ilcivan recusou se aliar a Gildecarlos. 

Demonstrando estar inconformada, ela encerra o repasse das informações criticando o vereador com um termo pejorativo. “Ele não quis ir pro lado de Gil porque Gil botou foi dinheiro e ele não quis. Ele não tem mais voto, um cachorro daquele”.

Ouça:

 

O que diz a lei? 

De acordo com a legislação eleitoral, captar votos de forma ilícita é crime passível de cassação do registro ou do diploma do candidato e multa como formas de punição. Mas no caso no caso em questão o que ocorre é uma tentativa de compra de apoio que, embora não configure crime, pela forma de abordagem, notabiliza uma situação imoral. Ao portal ANC, Cleyton Monte, cientista político e professor universitário, explicou as formas de obtenção de apoio que estão dentro da lei. Para ele, cabe à população julgar até que ponto casos como o de Deputado Irapuan Pinheiro estão dentro de um nível aceitável de moralidade. “A compra de votos e de apoio é ilegal e imoral. Mas a gente tem que estudar caso a caso para entender o exemplo. Pode ser moralmente condenável, mas  deve ser julgado pela população”. 

Ouça o especialista:

Histórico 

De acordo com os bastidores políticos da cidade situada no Sertão Central, o prefeito teria obtido êxito na compra de apoio de Valdeci de Ineza, vereador que passou a fazer parte da ala de situação. Segundo fontes ligadas ao grupo que faz oposição a Gildecarlos, o caso deve ser levado ao Ministério Público do Estado do Ceará. 

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