A Notícia do Ceará
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Ex-deputado Pedro Corrêa fecha acordo de delação

668182-highO ex-deputado do PP Pedro Corrêa assinou na sexta (11) um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República).

A colaboração inclui mais de cem nomes de políticos, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner, homem de confiança da presidente Dilma Rousseff.

Conforme revelou a Folha de S.Paulo em janeiro, o ex-parlamentar também entregou uma lista com supostos operadores, que traz figuras como Benedito de Oliveira, o Bené, investigado na Operação Acrônimo, que investiga suspeitas de irregularidades na campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas Gerais e indícios de compra de medidas provisórias.

O acordo, porém, ainda não foi homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Corrêa foi o segundo político a fechar acordo de delação no âmbito da Operação Lava Jato. O outro foi o senador Delcídio do Amaral (PT-MS).

Preso em Curitiba desde abril do ano passado, Corrêa foi condenado a 20 anos de prisão sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras.

A sentença aponta recebimento de R$ 11,7 milhões em propina. O dinheiro viria de empreiteiras integrantes de um cartel que fraudava licitações na estatal.

O ex-deputado federal por Pernambuco já havia sido condenado a sete anos de prisão no mensalão. Ele perdeu o mandato em 2006.

ACUSAÇÃO

De acordo com reportagem publicada pela revista “Veja” em setembro, Corrêa, que já presidiu o PP, contou que Lula tinha conhecimento de que deputados da sigla pleiteavam indicações à diretoria da Petrobras com objetivo de arrecadarem dinheiro para suas campanhas políticas. O petista nega a acusação.

As conversas para a delação de Corrêa foram iniciadas há cerca de oito meses. Em um primeiro momento, o material continha 180 anexos.
Depois, foi apresentada nova divisão por nomes de políticos, com e sem foro privilegiado. Agora, o acordo de tem mais de 70 anexos.

Procurada pela reportagem, a defesa de Corrêa não se manifestou.

Folhapress

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