Uma denúncia apresentada pelo vereador Clesivan Lopes (PSD) evidenciou uma situação preocupante, que afeta alunos do município de Ararendá, a 300km de Fortaleza. De acordo com o parlamentar, uma escola que atua na modalidade de tempo integral libera os alunos no horário do almoço. Clesivan detalhou que o fato ocorre pela falta de condição em fornecer a refeição aos estudantes.
Em pronunciamento realizado em sessão online da Câmara Municipal, Clesivan destacou que as informações da falta de alimentação foram recebidas pelos pais dos estudantes que são atendidos pela unidade escolar. De acordo com as denúncias que chegaram ao vereador, os alunos são liberados no horário do almoço, mas retornam à escola no turno da tarde.
“Fica aqui a minha indagação: que eu saiba, a modalidade de tempo integral é para fazer com que o aluno permaneça o dia inteiro na escola. Inclusive, passar o dia na escola inclui a garantia das refeições. Qual a explicação? Não vem verba?”, questionou.
Segundo Clesivan Lopes, não é a primeira vez em que a alimentação dos alunos de Ararendá é alvo de polêmicas. O parlamentar ressaltou as diversas reclamações dos pais em relação ao cardápio disponível em algumas unidades. Em algumas oportunidades, é constante a repetição de bolachas com suco.
“Sabemos que Ararendá é uma cidade reconhecida em nível nacional pelo destaque na Educação, mas algumas coisas precisam ser resolvidas. Ano passado disseram que iam resolver e, até agora, não resolveram. É uma verdadeira maquiagem. Acredito que os nutricionistas das nossas escolas não vão passar só biscoito com suco. Acredito que podemos variar”, sugeriu.
A REDE ANC entrou em contato com a Prefeitura de Ararendá. É aguardado um posicionamento da gestão sobre o que foi apresentado pelo vereador.
Falta de alimentação em outros municípios
Em 2023, uma pauta semelhante também foi levantada no interior do Ceará. Na ocasião, a Prefeitura de Tianguá suspendeu o almoço de alunos que estudavam numa escola de tempo integral. A gestão alegou falta de recursos. Cerca de 1.600 alunos eram liberados para fazer a refeição em suas residências.