A Notícia do Ceará
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Fenômeno Climático El Niño Provocará seca no Norte e Nordeste e chuvas no Sul

Reuniu-se nesta terça-feira (19) em Brasília o Grupo de Trabalho sobre Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para analisar as condições climáticas do Brasil e elaborar a previsão para o trimestre de fevereiro a abril de 2016.

O grupo de Trabalho, criado em novembro de 2013, é presidido pelo especialista Carlos Nobre e composto por representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), todas entidades vinculadas ao MCTI.

As conclusões do Grupo indicam que o fenômeno climático El Niño forte (Mega El Niño), embora tenha perdido força, permanecerá influenciando o clima do país nos próximos meses de fevereiro, março e abril deste ano, provocando diminuição de chuvas no Norte e Nordeste e aumento de chuvas no Sul.

Segundo o pesquisador Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o El Nino que está ocorrendo agora é muito semelhante ao fenômeno ocorrido em 1997 e 1998, quando houve uma grande seca na região Nordeste. “Há uma possibilidade de que a diminuição do total de chuvas seja expressiva; que não se trate apenas de uma pequena redução. O que podemos esperar é que os períodos entre chuvas se alarguem”. Segundo ele, o total de precipitação abaixo da média e a distribuição irregular aponta uma necessidade de ações preparatórias para reduzir o impacto da seca.

 Para a região Sul, Paulo Nobre alerta que as chuvas deverão aumentar, nos próximos meses, exigindo atenção. “A preparação é saber que vem mais chuvas na região Sul, que pode ou não atingir o estado de São Paulo, alguns meses sim, outros não. O sinal mais forte do El Ninho na região Sudeste é o aumento de temperatura”, disse ele. Em relação à temperatura, os próximos três meses devem ser de dias mais quentes em todo o Brasil, com exceção do Sul, onde as temperaturas devem ficar em torno da média devido à maior quantidade de chuvas.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, afirmou que a análise do grupo vai orientar as ações do governo nas áreas de geração de energia, produção agrícola e o uso da água para abastecimento humano e animal. “A partir desses modelos, a Agência Nacional de Águas, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, associada aos nossos institutos, farão as análises do estoque de água, da previsão para os próximos meses, e onde vai ter que aumentar ou reduzir as vazões nos próximos meses”, disse o Ministro.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI

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