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Fortaleza: Professores entram em greve por reajuste e repasse

FORTALEZA, CE, BRASIL, 22-12-2014: Estudantes assistem aula. Resultado do estudo de Proficiência em Português e matemática das 5ª e 9ª série do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio, na Escola Municipal Antonieta Cals, no bairro São João do Tauape. (Foto: Rodrigo Carvalho/O POVO)

Em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) realizada ontem, os professores da rede municipal decidiram deflagrar greve, que começa na próxima sexta-feira, 12.

Por lei, a categoria precisa notificar a Secretaria Municipal da Educação 72 horas antes da paralisar as atividades.

Entre as reivindicações dos professores, estão o reajuste do piso salarial e o repasse de 60% da verba oriunda do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef, atual Fundeb).

No fim do ano passado, a União destinou à Prefeitura valor que, atualizado, soma R$ 361 milhões. A quantia diz respeito a gastos feitos pelo Executivo municipal com a educação ainda na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins (PT).

O atual prefeito da Capital, Roberto Cláudio (PDT), tem garantido que o valor recebido pelo Município é resultado de indenização paga pela União e que a verba deverá ser empregada na infraestrutura da educação e na ampliação e investimento na área da saúde.

“Esse valor é uma indenização aos cofres municipais. Foi pago pelo município, com recurso próprio, e deveria ser recurso do Fundef no passado. Portanto, o Governo Federal está ressarcindo o município”, afirmou o prefeito em 17 de janeiro.

Greve

Em nota, o Sindiute assegura que a greve foi motivada por “falta de diálogo com a Prefeitura, que insiste em não repassar o ressarcimento do Fundef para a educação, além da campanha salarial, com reajuste de 11,36%”.

Presidente do sindicato, Ana Cristina Guilherme justifica a decisão de suspensão das atividades do magistério pela recusa do prefeito em autorizar o reajuste salarial. “A gente acha inadmissível um governo que recebeu R$ 289 milhões (valor do repasse em 2013) dizer que não tem dinheiro. Não vamos abrir mão do reajuste do piso”, disse.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal da Educação informou que ainda não foi notificada da decisão dos professores de paralisar totalmente as atividades.

A pasta avisa que irá se posicionar quando for comunicada formalmente.

Os professores agendaram um ato no dia 12, em frente ao Paço Municipal, no centro da Capital, a partir das 9 horas.

NÚMEROS

R$ 361 milhões é o valor atualizado do dinheiro repassado

11,36% é o reajuste reivindicado pela categoria dos professores

O.P.Online

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