A 3ª edição do Fórum Cearense do Artesanato teve início nesta quinta-feira (22/07) e reuniu representantes da área que atuam nas principais praças da região Norte e Nordeste. Com profissionais que coordenam projetos que possuem foco na valorização dos artesãos e artesãs, o primeiro dia de evento promoveu debates e troca de informações relevantes entre os painelistas, visando o desenvolvimento do setor diante do cenário de retomada gradual das atividades.
O momento pôde ser definido como enriquecedor. Quem pôde acompanhar os dois painéis do primeiro dia de realização, se deparou com profissionais de Estados como Rondônia, Piauí, Alagoas e Ceará compartilhando informações cruciais para o público alvo do evento, como, por exemplo, Daniela Vasconcelos. Gestora do “Alagoas Feita à Mão“, ela considera que detalhou parte do funcionamento deste programa de incentivo. “Fomentamos a participação em feiras e demais eventos para conseguirmos contribuir ainda mais para a geração de renda deste seguimento. Um dos nossos intuitos é a preservação da identidade cultural do Estado”, explica Daniela sobre a iniciativa.
No tocante à valorização cultural, Jordão Costa, superintendente do Desenvolvimento do Artesanato Piauiense, revelou uma das estratégias utilizadas pelo Estado para tornar o artesanato do Piauí ainda mais conhecido. “Todos os produtos que são utilizados para o nosso governador presentear outras autoridades são fabricados por nossos próprios artesãos e artesãs. São produtos da nossa cultura. Neste ponto observamos uma forma de fomentar e divulgar o nosso artesanato”, detalha.
Amenizar os efeitos negativos ocasionados pela pandemia também foi um dos pontos tocados no Fórum. Quem comentou sobre iniciativas que abrangem este sentido foi Anatalia Mendes, compartilhando as experiências que estão dando retorno positivo na região vizinha, através do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), realizado em Rondônia. “Procuramos desenvolver ações para que o artesão não seja tão penalizado como a pandemia, fase a qual eles não estavam preparados para enfrentar. Uma das estratégias é firmarmos acordos de cooperação técnica com os municípios, para que ações deste tipo não fiquem sendo realizadas só de forma pontual”, explicou.
Gilmar Martins, presidente da Carqueijo, está à frente desta associação que é referência com o trabalho em tecelagem no Ceará. As ações são desenvolvidas em Mucambo, a 260km de Fortaleza, dando suporte aos profissionais da área no interior do Estado. Atualmente, de acordo com Gilmar, dezenas de famílias são beneficiadas através desta atividade econômica que procura se propagar naquilo que ele considera as principais bases da atividade artesanal. “Pra mim é um prazer como empreendedor social contribuir para este trabalho que tem gerado emprego e renda para mais de 25 famílias, sempre sustentando este ofício nos três pilares do artesanato: social, ambiental e econômico”.
A 3ª edição do Fórum do Artesanato segue nesta sexta-feira (23/07) em formato totalmente online e gratuito. O evento pode ser acompanhado pela plataforma YouTube da Fenacce. Artesãos, empreendedores e especialistas vão continuar debatendo a importância do artesanato cearense e o que ele pode gerar de emprego e renda. De acordo com Stella Pavan, organizadora do evento, o fórum deve fortalecer o segmento e consolidar as conquistas alcançadas e gerar novos formatos de atuação.
Clique aqui para acompanhar na íntegra o primeiro dia do Fórum do Artesanato. Por esta plataforma você também poderá acompanhar o encerramento do evento que ocorre nesta sexta-feira.
