A Notícia do Ceará
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Mentiras vêm de pessoas que querem obstruir Lava Jato, afirma juiz Moro

954998-ajufe_9912As insinuações em textos da internet de que o juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em Curitiba, e sua família têm ligações com o PSDB partem de “pessoas com interesse em obstruir as investigações”.

A afirmação é do próprio magistrado, que participou de sua segunda palestra seguida na semana, na noite desta quinta-feira (10), desta vez na Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).

Na noite anterior, Moro deu palestra em um jantar para cerca de 200 empresários, promovido pela Lide Paraná, entidade cujo coordenador nacional é João Dória, pré-candidato pelo PSDB à Prefeitura de São Paulo.

Em textos publicados em blogs, há citações de que o pai do juiz, Dalton Áureo Moro, seria fundador do PSDB em Maringá, cidade-natal do magistrado.

“Leio que eu sou filiado a algum partido político. Isso me surpreende, porque nunca tive nenhuma ligação, nunca tive nenhum familiar com qualquer ligação. No entanto descobri que eu sou de um partido político, que meu pai foi também de outro, minha esposa advoga para um partido político, coisas totalmente falsas”, disse.

Na opinião de Moro, as afirmações de uma suposta ligação partidária sua “não são feitas por pessoas destituídas de interesse em obstruir essas investigações”.

Os processos da operação que investiga um esquema de corrupção da Petrobras, completou, ainda não se encerraram. “E não sabemos se terá final feliz, feliz no sentido de absolver o inocente e condenar o culpado.”

“Mas que existem movimentações que querem prevenir esse resultado [de culpados serem condenados], isso é mais ou menos óbvio”, completou.

Assim como na noite anterior, o magistrado fez menção aos protestos marcados para este domingo (13), a favor e contra o governo federal e o PT.

O magistrado fez um apelo ao público de quase 2.000 pessoas, entre empresários e universitários, para que os protestos, favoráveis ou contrários ao governo, ocorram “sem violência, radicalismo, com muita calma e serenidade”.

“Penso que nesse momento de certa turbulência e radicalismo, são compreensíveis as angústias e reclamações diante do contexto econômico e político, mas ainda assim é importante que [o protesto] seja desenvolvido sem discurso de ódio ou violência contra ninguém”, afirmou.

Fonte: Folhapress

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