Um vídeo enviado à Redação da ANC, no dia 5 de outubro, mostra o descaso vivido por uma moradora de São Gonçalo do Amarante, a 90km de Fortaleza. Nas imagens é possível observar a precarização e o ambiente insalubre destinado para a mulher que se identifica como Liduína Mendes. De acordo com a denunciante, a casa é uma moradia social ofertada pela Prefeitura.
Em nota, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, esclareceu a situação apresentada. Conforme a gestão de São Gonçalo, Liduína foi resgatada de uma área de risco em abril de 2023. A senhora morava em uma casa de taipa, numa região que trazia perigos devido às fortes chuvas que atingiram a região.
Diante do cenário, Liduína foi incluída em regime de urgência nos programas de Aluguel Social e recebimento de cesta básica. Um dos principais reclames da moradora do distrito de Croatá é o estado do ambiente e a falta de água encanada há uma semana.
Porém, de acordo com a nota enviada à ANC, a Prefeitura afirma que as reivindicações de Liduína não são de responsabilidade da gestão. “Sobre a situação atual da residência apresentada no vídeo gravado recentemente, informamos que é de inteira responsabilidade do morador o zelo e a limpeza da residência alugada no programa, como também os pagamentos de água e energia. Mesmo com sua água cortada pela Cagece, a moradora é atendida com o fornecimento de água potável pela Coordenadoria Regional do Croatá”.
Aluguel Social
Segundo a Secretaria de Assistência Social, o beneficiário é atendido pelo Centro de Referência Social (CRAS). Através de um assistente da pasta, é realizado um relatório do solicitante para checar se o indivíduo se enquadra no perfil. Caso o solicitante se enquadre nas condições necessárias, o beneficiário indica um imóvel que deseja morar. Em seguida, o prédio é vistoriado por um engenheiro da Prefeitura e, após aprovado, é feito um contrato de locação do imóvel entre a Prefeitura e o proprietário. “Caso ele queira mudar-se, ele indica um novo imóvel e é feito todo o processo citado anteriormente”, esclarece a nota.
Relembre
Segundo o relato de Liduína, residente do distrito de Croatá, a residência não abriga as mínimas condições de moradia, chegando a faltar água para uso pessoal e doméstico. “Tá aí, eu sem um pingo de água há uma semana. Tudo seco. Eu não tenho direito a nada. Me ajudem, pelo amor de Deus”, clama. Às lágrimas, Liduína relata que preferia ficar em sua antiga residência, apesar das dificuldades existentes na primeira moradia.