
Condições sociais, humanas, econômicas e sustentáveis. Vários pontos, que podem ir além dos citados, podem ser afetados com a construção (ou não) de uma determinada obra pública. A depender da área, a população local pode sofrer efeitos incalculáveis, que podem perdurar por gerações. Essa descrição pode ser facilmente atribuída a uma importante pauta do interior do Ceará. Situada em Ipueiras, a 314km de Fortaleza, a barragem do Açude Lontras é uma obra que continua apenas no papel há 106 anos.
Nessa imagem que abre a matéria é possível ver a alegria de banhistas, que são moradores da localidade de Jacaré. Essa comunidade é pertencente ao distrito de Lontras, que dá nome à barragem que ainda não foi construída.
Barragem do Lontras
As primeiras chuvas de 2025 trouxeram alegria à Ipueiras. No entanto, segundo Elson Silva, ativista que atua em ações de cobranças pela construção da barragem, esse sentimento é sempre momentâneo. De acordo com Elson, a água que acumula no açude Lontras acaba descendo para outros reservatórios.
Pela ausência da barragem, o recurso “não se segura” no açude, prejudicando Ipueiras e outros municípios por conta das deficiências no abastecimento hídrico. “Quando a quadra chuvosa encerra, a água do rio seca. Se o açude tivesse sido construído em 2013, hoje ele estaria represando água e garantindo segurança para o nosso povo”, lamenta Elson.
Ainda de acordo com o ativista, a obra, saindo do papel, teria a capacidade de beneficiar onze municípios do Ceará. Além de Ipueiras e de outras cidades dos Sertões de Crateús, municípios como São Benedito e Croatá seriam contemplados com a construção da barragem do Açude Lontras. “Hoje, para a nossa região, só contamos com o açude Jaburu, que fica em Tianguá. E tememos, pois o que nos chega é que esse açude possui problemas em sua estrutura”, detalha.
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