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Morte de grávida após atendimento em hospital causa protestos em Limoeiro do Norte

A dona de casa Maria Suely Torres de Morais, de 36 anos, morreu no último dia 26 de dezembro, após ser atendida no hospital filantrópico São Raimundo, em Limoeiro do Norte (distante cerca de 194 km da Capital). O bebê não sobreviveu. Familiares denunciam negligência médica. O hospital informou que aguarda emissão de laudo do Serviço de Verificação de Óbitos do Estado do Ceará (SVO) para se pronunciar.

De acordo com o pai da paciente, João Torres, a filha deu entrada na unidade à meia-noite do dia 25, e ficou em trabalho de parto por mais de nove horas. “Às 23 horas, ela me chamou porque a bolsa tinha estourado, ela saiu daqui conversando, sadia e sem sentir dor”, relatou ao blog local TVJ1. Ele conta que chegou a pedir três vezes que fosse realizada uma cesariana, mas o pedido foi negado. “Eu queria que ele (médico) operasse minha filha”, lamentou.

João narra que teve uma conversa com o médico após saber das mortes e que questionou a causa: “O que aconteceu, o que você fez com minha filha e meu neto?”. Ele relata que o profissional não soube responder, então insistiu por uma explicação. “Sabe! Eu, como analfabeto, sei… Para que maltrato maior que 12 horas da noite da segunda-feira até ás 9h30min da terça-feira?”, questionou destacando a peregrinação. Ainda em entrevista ao blog, ele afirma que recebeu um laudo informando que a Maria Suely sofreu uma hemorragia interna.

Mobilização 

O caso repercutiu e levantou questionamentos sobre a situação da assistência à saúde das gestante e parturientes no município. A população mobiliza abaixo-assinado cobrando apuração dos fatos. Mulheres, que afirmam ter passado por situações de vulnerabilidade na mesma maternidade após terceirização da gestão hospitalar, farão protesto neste sábado, 6. A gestão administrativa é da Sociedade Beneficente São Camilo (SBSC).

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