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MPCE lança a campanha Setembro Amarelo 2021 em evento virtual

Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira (17/09), durante o evento “Real e Virtual: redes sociais e prevenção do suicídio na infância e na juventude”, promovido pelo Programa Vidas Preservadas, do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), houve o lançamento da campanha Setembro Amarelo 2021. O evento foi transmitido no canal da instituição no YouTube. Através do chat da plataforma, participaram professores, psicólogos, assistentes sociais e gestores de diversos municípios do Ceará, bem como dos estados de São Paulo e do Pará.

De acordo com o promotor de Justiça Hugo Porto, coordenador do Programa Vidas Preservadas, o momento é de entender qual a prioridade da sociedade na prevenção de mortes que podem ser evitadas. Para ele, o projeto tem cumprido sua missão de viabilizar ações e políticas públicas através do diálogo e espaços de conciliação. De acordo com a representante da Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Ceará, Suellen Pinheiro, 124 municípios que já aderiram ao programa.

“Esse é nosso 4º Setembro Amarelo, mas a preocupação antecede 2018. Hoje 124 municípios aderiram ao programa. Mas é importante falar em recursos, em agenda prioritária e em criar e consolidar uma grande de rede de proteção e preservação da vida”, considerou Hugo Porto.

Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em 2020 foram registrados 75 óbitos por suicídio. Em 2021, até o mês de julho, foram 38. Ainda conforme a Secretaria, no ano passado, 1.194 pessoas tentaram suicídio e praticaram automutilação. Neste ano, são 621 casos, sendo que 209 aconteceram no público de 10 a 19 anos e 10 casos entre crianças com até 9 anos de idade.

“Uma tentativa de suicídio afeta de 10 a 15 pessoas ao redor da vítima. Se o suicídio for concluído, outras pessoas que não acompanham diretamente a vítima, mas que têm potencial, também são induzidas. Há ainda os casos que não entram nas estatísticas de suicídio, como o atropelamento provocado. Esse é o suicídio silencioso, tão perigoso quanto o registrado”, analisou o psiquiatra Arildo Sousa de Lima, coordenador da Célula de Saúde Mental de Fortaleza.

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