O Grupo de Trabalho do litígio entre Ceará e Piauí apresentará um novo estudo que busca definir com precisão o início da divisão natural entre as terras cearenses e piauienses. Isso será feito com base em mapas e documentos históricos.
O estudo, intitulado “Origens e Mapeamento da Divisa Histórica entre Ceará e Piauí: o sopé ocidental da Serra da Ibiapaba”, é baseado em técnicas cartográficas modernas e sensoriamento remoto. O principal objetivo é fortalecer a posição do Ceará no processo de litígio em curso no Supremo Tribunal Federal desde 2011. A análise revela que a divisão atualmente adotada pelo IBGE entre os estados do Ceará e do Piauí necessita de revisão, sugerindo que o Piauí avançou sobre o sopé ocidental da Serra da Ibiapaba em determinadas áreas.
Os pesquisadores apresentarão seu estudo no auditório da Reitoria da Universidade Estadual do Ceará (Uece), campus do Itaperi, no dia 5 de abril, às 10h. A pesquisa, parte dos esforços do Grupo de Trabalho Multidisciplinar estabelecido pelo governador Elmano de Freitas, visa fortalecer a defesa do Ceará no litígio em questão. A relatoria do caso está a cargo da ministra Cármen Lúcia no Supremo Tribunal Federal.
Litígio
O litígio, iniciado em 2011 pelo Piauí, pretende reivindicar áreas de 13 municípios cearenses, totalizando quase três mil quilômetros quadrados. A defesa cearense baseia-se em análises técnicas e documentos históricos que comprovam a posse do território pelo Ceará, além de questões relacionadas aos direitos da população local.
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