Em menos de 12h após o anúncio da saída de Marcelo Chamusca, o Fortaleza oficializou o nome do novo técnico: até então livre no mercado da bola, Enderson Moreira chega com contrato no Leão até o final de 2021, e com a missão de fazer o Tricolor permanecer na série A do Brasileirão, principal meta traçada pela diretoria para a temporada 2020/2021. Apesar de não estar na lista de prioridades, conforme apurou o ” A Notícia do Ceará“, pelo menos três critérios da trajetória profissional de Enderson fizeram o Fortaleza lançar a proposta para fechar com o técnico.
Diferente do que foi decidido na contratação de Marcelo Chamusca, quando o Fortaleza pagou a multa rescisória para tirá-lo do Cuiabá/MT, a diretoria cravou que buscaria um nome que estivesse disponível. O Tricolor, no entanto, voltou a ‘bater na tecla’ de antigas tentativas como Tiago Nunes, ex-Corinthians, e Dorival Júnior, ex-Athlético-PR. Porém, o tricolor barrou nos mesmos “nãos” que recebeu destes profissionais quando tentou lançar uma proposta ainda na época da saída de Rogério Ceni. De acordo com apuração do portal “ANC“, Tiago e Dorival afirmaram que não iriam pegar trabalhos na reta final da Série A.
Diante das frustradas tentativas, nomes como Mano Menezes e Alberto Valentim até surgiram, mas logo foram descartados. Correndo contra o tempo para fechar com um comandante que dirija o clube nas dez últimas rodadas da série A, a diretoria tricolor definiu que o novo técnico deveria ter experiência na competição, histórico de padrão tático definido e um “estilo enérgico”. As características foram encontradas em Enderson Moreira. Com passagens por times como Goiás, Cruzeiro e Ceará, o técnico chega ao Leão juntamente com Luis Fernando Flores e Ailton Serafim, seus auxiliares, e Edy Carlos, preparador Físico.
Ao longo das últimas três temporadas, a torcida do Fortaleza se acostumou a ver um time com estilo de jogo ofensivo, que mantém a posse de bola e que propõe o jogo, dentro ou fora dos seus domínios. Enderson carrega um perfil estudioso, e quase sempre opta pelo sistema tático 4-2-3-1, com dois volantes com qualidade no passe e de saída de jogo, um meia centralizado e dois atacantes velocistas abertos. O novo técnico prioriza uma equipe organizada, que saia desde o goleiro com toques curtos para construção ofensiva qualificada, sem abrir mão da solidez defensiva.
