O deputado federal Luiz Gastão (PSD) defendeu a ideia de uma reformulação nas políticas de assistência social. Em entrevista ao “Destaque ANC“, o parlamentar reforçou sua posição de ser favorável a essas medidas que auxiliam o público mais vulnerável. No entanto, Gastão destacou um ponto que, para ele, gera uma preocupação. Para o deputado federal, uma parte do público que é contemplado com os programas sociais entra numa fase de comodismo, gerando um dano pessoal e um dano para o país.
Em sua avaliação, o deputado considerou que parte do público opta por sobreviver dos programas do governo ao invés de buscar uma inserção no mercado de trabalho. “É fato e necessário que tenhamos programas não só de complementação de renda, mas programas que visem socorrer os mais necessitados para que as pessoas tenham uma sobrevida. No Brasil, esses programas sociais viraram não só temporários e de socorro aos necessitados, mas formas de vida. Pessoas estão deixando de trabalhar para receber apenas programas do governo”, alertou.
Programas sociais podem desestimular inserção no mercado de trabalho; confira o trecho da entrevista com Luiz Gastão
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O deputado federal também criticou a forma de implantação do programa “Bolsa Família”. Segundo o parlamentar, algumas exigências para ser contemplado com o programa desestimulam a busca por uma independência financeira.
“Quando se iniciou o Bolsa Família, o objetivo era auxiliar aquelas famílias que não estavam conseguindo manter os filhos na escola e tinham de manter a subsistência até arrumar um emprego. Tínhamos um percentual pequeno de pessoas que eram contempladas com o programa, mas tinha um grande erro: aquelas pessoas que recebiam o Bolsa Família perderiam o benefício caso conseguissem um emprego ou alguma atividade com renda”, avaliou.
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Para o deputado, programas de assistência social deveriam ser geridos, também, na esfera Estadual e Municipal. Na oportunidade, Gastão apresentou uma sugestão para que o número de beneficiados fosse diminuído. “Tenho começado a discussão para que se crie um Fundo para fomentar o desenvolvimento. Esse recurso seria investido para diminuir os beneficiários de Bolsa Família dentro dos municípios e dentro do Estado”, destacou.
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