Mais de 1/4 dos jovens cearenses ficaram sem estudar ou trabalhar em 2021. O número supera a média nacional.
Mais de ¼ dos jovens cearenses entre 15 e 29 anos de idade não estudaram ou trabalharam em 2021, de acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicado na última sexta-feira (02/12). Cerca de 34% do público que se encaixa na faixa-etária é considerado “nem-nem”, um percentual maior do que a média nacional, que foi de 25,8%.
Os dados correspondem, em média, a 781 mil pessoas. O número é uma redução do quantitativo apresentado pelo Instituto em referência ao ano de 2020, quando 808 mil pessoas foram incluídas na estatística.
Média de jovens “nem-nem” desde 2016
“O primeiro ano de pandemia, 2020, gerou uma situação desconfortável no mercado de trabalho. Houve queda no grupo de jovens ocupados, o que não foi compensado pelo aumento de jovens que somente estudavam, gerando um aumento daqueles que não estudavam ou estavam ocupados. Apesar da leve recuperação observada em 2021, a situação continua afetando mais de ¼ dos jovens de 15 a 29 anos”, explica a analista do IBGE, Betina Fresneda.
Ao todo, o estado ficou em sexto lugar no ranking nacional dos maiores percentuais registrados durante o ano. A região Nordeste ficou na liderança, com Maranhão (1°), Alagoas (2°), Paraíba (4°) e Pernambuco (5°) apresentando os mais altos índices de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam ou trabalham. Acre, da região Norte, ficou em terceiro lugar.
