Em Quixeramobim, a 203 km de Fortaleza, a “Exposição Tramas de Belo Monte” terá que retirar parte do exposto após determinação judicial. Segundo o entendimento do juiz eleitoral Rogaciano Bezerra Leite Neto, o material caracteriza-se como propaganda negativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
O item em questão se trata do recorte de uma reportagem repercutindo um episódio que ocorreu no ano passado. Na ocasião, Bolsonaro esteve em público ao lado de uma criança fardada e com a réplica de uma arma na mão.
Para o curador da exposição, o jornalista Danilo Patrício, a decisão é uma forma de censura ao seu trabalho e as medidas cabíveis serão tomadas para resolver a situação. “Foi um grande equívoco dele. A interpretação é livre. É uma violação contra o trabalho de pesquisa e de todo o trabalho histórico”, declarou.
A denúncia contra a exposição foi feita pelo aplicativo Pardal, do Supremo Tribunal Eleitoral (STF), e foi analisada por fiscais de propaganda. Segundo o juiz, a semelhança entre a queixa e os fatos foi constatada pela fiscalização.
A partir da decisão do magistrado, a exposição terá dois dias para retirar o cartaz com críticas negativas a Bolsonaro. Em caso de descumprimento, multa será aplicada.