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Prefeito de Salitre é investigado por desvio de verba e contratos irregulares

Para aprofundar as investigações em Salitre, a Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos envolvidos - (Foto: Divulgação)
Para aprofundar as investigações em Salitre, a Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos envolvidos – (Foto: Divulgação)

Uma operação deflagrada em Salitre, a 550km de Fortaleza, teve como alvos o prefeito Dodó de Neoclides e membros da atual gestão do município. De autoria do Ministério Público do Estado do Ceará, com apoio da Polícia Civil, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão.
Além de Salitre, a ação cumpriu operações nas cidades de Fortaleza, Quixelô e Solonópole. As autoridades atuaram, ainda, no município de Cajazeiras, no Estado da Paraíba. De acordo com as investigações, há indícios de que a Prefeitura Municipal esteja envolvida no esquema de desvio de valores e fechamento de contratos irregulares.

Um agravante que reforça essa tese é que as empresas que estão envolvidas no suposto ato ilícito recebiam valores em espécie, sem registro formal.

Distribuição

Somados, os contratos investigados chegam a quase R$4 milhões. Os valores eram remetidos a várias contas bancárias de postos de combustíveis e agentes públicos, além de pessoas que não faziam parte do contrato. As investigações também trabalham com a hipótese de lavagem de dinheiro, já que a verba retornava para os gestores públicos por intermédio dos postos de combustíveis.

Saldo

Na operação, foram apreendidos aparelhos celulares, documentos na sede da Prefeitura e cerca de R$67 mil em espécie na casa de um dos investigados.  Um deles, inclusive, foi preso em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo.

Além do prefeito Dodó de Neoclides, o chefe de gabinete, a secretária da Administração, o secretário de Educação, a ex-tesoureira do município, empresários do ramo de locação de veículos e outras pessoas físicas e jurídicas estão envolvidas no caso.

Com o prosseguimento na Justiça, os suspeitos podem responder pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.  É válido ressaltar que a operação foi batizada de “Aves de Rapina”. A escolha pelo título faz referência a várias passagens bíblicas que associam esses animais à destruição e à ganância.

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