A Notícia do Ceará
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Título marca início da redenção Icasiana

Da 5ª colocação na série B do Campeonato Brasileiro, beirando um acesso à elite nacional, ao fundo do poço do futebol. Do céu ao inferno, numa queda degringolada. Talvez essa frase seja, de forma sucinta, o que pode descrever as últimas temporadas de um dos times mais tradicionais do Ceará.

O Icasa, tradicionalíssimo na região do Cariri, passa por “maus bocados” desde a sua relevante participação no cenário futebolístico, em 2013, quando, por equívocos da Confederação Brasileira de Futebol, ficou de fora da Série A do Brasileirão na temporada seguinte.

Porém, os constantes descensos, o afastamento de competições nacionais e as atuações de forma coadjuvante em campeonatos estaduais apequenaram o time de Juazeiro do Norte. Mas os tempos sombrios podem estar com os os dias contados: nesta terça-feira (08/12), o “Verdão do Cariri”, como é conhecido, venceu a equipe do Crato por 2 a 0, em partida válida pela final do Campeonato Cearense da Série B. Com o resultado, o Icasa conquistou o título da competição. Além de garantir o retorno à elite do futebol estadual com a “alma lavada”, o feito pode representar o encontro do time com a “luz no fim do túnel”. Luz esta que pode levar a torcida Icasiana a reviver tempos áureos com sua equipe.

O início de uma redenção veio com autoridade e protagonismo. Dono da melhor campanha da competição, os liderados de Washington Luiz foram os senhores de uma trajetória vitoriosa, coroada com com gols de Stronda e Olávio, que garantiram a taça para o lado verde e branco. Com o resultado, um novo horizonte se apresenta ao Icasa. Em 2021, a equipe já tem por certo, além de figurar entre os dez melhores times do Ceará, um reencontro histórico, numa competição “tiro curto”, que pode significar muito para quem passou tanto tempo fora do cenário de holofotes do futebol cearense: o time do Cariri está classificado para a “Taça dos Campeões”, que reúne os vencedores da Série A e Série B do campeonato cearense do ano anterior. O adversário será o Fortaleza, equipe com quem o verdão já rivalizou e “bateu de frente”, sendo “pedra no sapato” tricolor nos anos 2000, em épocas que o time enchia os olhos do torcedor cearense com atuações de Alcimar, Ciel, Vanderley e companhia.

Agora, o alviverde concentra suas atenções para uma outra competição: a Taça Fares Lopes, que dá ao campeão uma vaga na Copa do Brasil, um dos torneios mais rentáveis do futebol brasileiro. O campeonato faz parte do calendário esportivo de 2020, mas, por conta da pandemia da Covid-19, só poderá ser disputado a partir do dia 23 de janeiro do ano que vem.

Nos bastidores, a equipe também se articula. O futebol também começa por ali, e uma organização fora de campo pode render bons frutos dentro dele. O contrário do exposto é bem conhecido pela equipe Icasiana, já que foram as péssimas condutas administrativas que quase levaram a equipe a pôr um ponto final em sua história. Há de se reconhecer que as finanças e a estrutura ainda estão aquém, mas estão bem mais animadoras do que no início da temporada, quando o time ainda tentava se superar de uma quase queda para a Série C local.

(Foto: Divulgação/Icasa).

 

As petições e a fé parecem ter contribuído. Com as bençãos de Padre Cícero, padroeiro da querida Juazeiro do Norte, a região do Cariri estará bem representada na elite do futebol cearense de 2021 com três equipes: Barbalha, Crato e Icasa. Com respeito aos demais, as atenções e as expectativas estão voltadas para este último. Os torcedores do futebol cearense e a crônica esportiva em geral reconhecem: é preciso celebrar, ainda que em passos curtos, o retorno de um gigante.

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