A Notícia do Ceará
PUBLICIDADE

Ordem judicial é ignorada e membros de torcida organizada causam atos de violência no Castelão

0bec8c2fbcccce05c658-fotoMenos de uma semana depois de uma decisão judicial que determinou a extinção de três torcidas organizadas e proibir seus membros de ingressar nos estádios cearenses, novos episódios de violência foram registrados envolvendo tais facções e a medida da Justiça foi frontalmente desrespeitada.

Na noite desta terça-feira (7), a Polícia Militar teve que conter um conflito entre torcedores na Arena Castelão onde ocorria a partida Ceará x Londrina (PR), válida pela Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol (Brasileirão 2016).

A confusão ocorreu atrás na área conhecida como esplanada, que fica atrás das cadeiras. Policiais do Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE) tiveram que agir com o uso da força para conter os brigões que seriam integrantes de uma torcida organizada. Emissoras de TV que cobriam a partida mostraram a ação dos baderneiros e a pronta resposta da PM.

Desrespeito

Na última sexta-feira, a juíza de Direito Antônia Dilce Rodrigues Feijão, titular da 36ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, exarou uma sentença determinando o fim das atividades de três facções: a Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), Torcida Jovem Garra Tricolor (JGT) e Associação Torcida Organizada Cearamor.

Na sua decisão, a magistrada foi enfática ao determinar que, “as torcidas agem à margem da legalidade, demonstrando que, na prática, se organizam para fins ilícitos”. E citou que as facções são responsáveis por crimes como homicídios, lesões corporais graves, posse de armas e de drogas, além do roubo de veículos. “Além disso, promovem brigas, rixas, depredação do patrimônio público e particular e causam medo á população”.

E ainda concluiu: “não se tratam de condutas isoladas, mas reiteradas como se fosse um estilo de ser e de proceder em nome daquilo que ela (torcida) é. É como se o fato de ser torcida organizada desse a elas a autorização para realizar toda espécie de barbárie que seus instintos conduzirem”.

Na prática, no entanto, a decisão da Justiça foi frontalmente desrespeitada e violada logo no primeiro  jogo realizado em Fortaleza após a divulgação da sentença judicial.

CN7

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir