Após a denúncia de violência obstétrica cometida por um médico durante um parto no Hospital e Maternidade José Pinto do Carmo, localizado em Baturité,a unidade se pronunciou. As complicações teriam sido causadas pela manobra de Kristeller, realizada durante o parto na barriga da mãe, Vanessa Rocha.
O bebê morreu 17 dias após o nascimento devido a um edema cerebral. Segundo relatos da mãe, o parto teria evoluído normalmente, porém em determinado momento informaram que os batimentos cardíacos do bebê estavam baixos. Em seguida, a manobra de Kristeller, foi realizada. Ela informou ainda que o médico colocou muita força. A prática consiste em uma pressão realizada na parte superior do útero, e não é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por colocar em risco a mãe e bebê.
Após o parto, a equipe médica garantiu que o filho de Vanessa estava bem. No entanto, o Samu foi acionado para transferi-lo para um hospital em Fortaleza, devido a complicações, uma hora depois. A transferência teria demorado cerca de quatro horas. O recém-nascido foi internado na UTI Neonatal, e exames constaram o funcionamento adequado dos órgãos, mas comprovaram a existência do edema.
Em nota, o hospital informou que os fatos estão sendo apurados e esclarecidos junto às autoridades competentes para que sejam avaliadas as condutas dos profissionais envolvidos.
“A direção clínica e o próprio médico que conduziu o parto já prestaram os primeiros esclarecimentos junto ao Ministério Público, sobre o mencionado atendimento”. O profissional também será submetido ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec).
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