A Notícia do Ceará
PUBLICIDADE

Casos de Febre Oropouche crescem no Ceará e afetam comunidades rurais

O Ceará já registra 227 casos de febre oropouche, uma doença transmitida pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido popularmente como maruim ou borrachudo. As informações foram divulgadas pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Este número representa um aumento de 18 novos diagnósticos em relação à semana anterior, quando 209 pessoas haviam sido confirmadas com a doença.

A maioria dos casos está concentrada em sete municípios do Maciço de Baturité, com Capistrano liderando a lista com 62 infectados. Em seguida, Aratuba e Pacoti apresentam 48 e 36 casos, respectivamente. Enquanto isso, Mulungu, Redenção, Baturité e Palmácia também registram contaminações.

Casos de Febre Oropouche crescem no Ceará e afetam comunidades rurais
Foto: Divulgação/Sesa

As autoridades de saúde têm ressaltado que a maior parte dos pacientes vive ou frequenta áreas rurais dessas cidades. Além disso, o perfil predominante dos infectados abrange jovens e adultos entre 30 e 49 anos. Em relação às crianças, foram identificados 15 casos em menores de 5 a 14 anos, com uma recuperação geralmente mais rápida nessa faixa etária.

Um caso de particular interesse envolve uma gestante de 40 anos que perdeu o bebê em agosto, após a confirmação da presença do vírus no feto. O fato ainda está sob investigação do Ministério da Saúde.

Os principais sintomas da febre oropouche incluem febre de início súbito, dores musculares e cefaleia, frequentemente confundidos com os sinais da dengue. Diante dessa semelhança, o diagnóstico tem sido feito com auxílio de exames laboratoriais realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen). Até agora, mais de 2 mil amostras foram testadas para febre oropouche e Mayaro, sendo que 209 deram positivo para a arbovirose. Já para a Mayaro, não houve confirmações.

Para evitar a disseminação da febre oropouche, recomenda-se o uso de roupas que cubram boa parte do corpo, repelentes e a manutenção de áreas limpas ao redor das residências e locais de criação de animais. Diferente da dengue, o combate ao mosquito transmissor não é a principal estratégia de prevenção. Em vez disso, o foco está em minimizar o contato com o vetor, especialmente em zonas rurais.

Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir