Um estudo realizado pela Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (PNAD), divulgado hoje (15), mostrou que a região nordeste foi a única a apresentar aumento na taxa de analfabetismo entre 2018 e 2019. Mesmo com a queda desses números em todo o país, os dados mostraram que em comparação as outras regiões do Brasil, o Nordeste teve o maior percentual de analfabetos registrados.
No Brasil, a taxa de analfabetismo passou de 6,8%, em 2018 para 6,6%, em 2019. Apesar da queda, o país ainda tem 11 milhões de analfabetos, que segundo os critérios de avaliação do IBGE, não são capazes de ler e nem de escrever.
Segundo os dados da pesquisa, mais da metade dos analfabetos (56,2%) viviam no Nordeste em 2019 e três em cada cinco adultos (60,1%) não completaram o ensino médio. A pesquisa ainda revelou que contrário as outras regiões, o percentual aumentou em relação a 2018 e ficou em 13,9% entre as pessoas de 15 anos ou mais, correspondendo a 6,2 milhões de jovens que não sabem ler ou escrever. Entre os nordestinos de 60 anos ou mais, 37,2%, ou um total de 3,1 milhões, eram analfabetos em 2019.
Outros dados:
Além das diferenças entre as idades, o levantamento mostra que existem desigualdades raciais e regionais na alfabetização no Brasil. Em relação aos brancos, a taxa de analfabetismo é 3,6% entre aqueles com 15 anos ou mais. No que se refere à população preta e parda, segundo os critérios do IBGE, essa taxa é 8,9%. A diferença aumenta entre aqueles com 60 anos ou mais. Enquanto 9,5% dos brancos não sabem ler ou escrever, entre os pretos e pardos, esse percentual é cerca de três vezes maior: 27,1%.
(Com Agência Brasil)
