As ruas de Fortaleza estiveram lotadas no evento comemorativo do 7 de setembro, que esse ano não contará com os tradicionais desfiles cívicos. O ponto de concentração foi na Arena Castelão, onde a movimentação teve início às 10h desta terça-feira, e partiu rumo à Praça Portugal.
As pessoas estiveram em sua grande maioria trajadas com o verde e amarelo e adereçadas com a bandeira brasileira. Os presentes no evento se reuniram para cantar o hino do Brasil em comemoração aos 199 anos da Independência do país, fazendo jus à força do povo. Além disso, grupos religiosos também foram vistos no local com paredões de som entoando louvores e orações.
Os eventos do 07 de setembro estão ocorrendo em todo o país e no estado do Ceará não se resumem apenas na Capital cearense. Ao longo do dia, cerca de outros 50 municípios contarão com movimentações semelhantes.
O evento conta com a presença de autoridades políticas que estão comentando palavras de ordem. “É preciso renovar esse sentimento de renovação aqui no estado do Ceará”, afirmou o deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado, Capitão Wagner.
A deputada estadual Dra. Silvana pautou seu pronunciamento enfatizando os direitos da população. “Nós pedimos o a liberdade do nosso país. Temos o direito de ir e vir, de manter o nosso comércio aberto para sobreviver”, pontuou.
O “A Notícia do Ceará” ouviu algumas pessoas que acompanhavam a comemoração, que justificaram o que as motivou estar em meio às celebrações. “O que me fez sair de casa foi a minha cidadania, mostrar que eu tenho amor pelo meu país. Eu quero que meus filhos, meus netos e bisnetos tenham liberdade de voz”, declarou o representante comercial Jairo Martins.
“O que me fez estar nas ruas desde 2013 foi para redimir uma culpa que contraí quando eu tinha 21 anos. Neguei todos os meus preceitos. Neguei a Pátria. Estou aqui hoje para pedir perdão à nação e a todos vocês”, confessa Tereza Gurgel, de 70 anos.
“Mesmo com a gasolina a R$ 6,00 as famílias se uniram, os brasileiros e os cearenses de bem. Realmente é um 7 de setembro histórico que estamos vivendo”, relata a administradora Mariana Alencar, que foi ao evento com o marido e os quatro filhos.
Muitas pessoas fizeram questão de declarar suas preferências políticas durante o ato, deixando claro o quanto anseiam um ação efetiva das autoridades competentes. “O presidente foi eleito pela maioria da população e desde então não deixam ele governar. O povo está dizendo mais uma vez que ele precisa governar. O Brasil sempre foi conservador”, enfatiza Valdemiro Fontenelle, que estava presente na Praça Portugal ao lado da família.
Não foram divulgados números oficiais, mas, segundo a organização do evento, são esperadas cerca de 50 mil pessoas na Praça Portugal. Apesar da grande movimentação, o movimento se deu de forma pacífica.
