
O número de consumidores negativados no Ceará caiu 0,5% em março de 2025, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A informação foi divulgada na mais recente edição do Radar do Varejo Cearense, com base em dados do SPC Brasil e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE).
A queda interrompe uma sequência de dois meses consecutivos de alta e pode sinalizar uma tendência de estabilização no cenário da inadimplência no Estado, mesmo diante dos juros ainda elevados que dificultam o acesso ao crédito.
Apesar da redução no número de negativados, o volume total de dívidas em atraso aumentou 2% na comparação com março de 2024. Isso indica um crescimento no número médio de dívidas por inadimplente, hoje estimado em 2,3 por consumidor.
Os bancos seguem liderando como principais credores, respondendo por 62,1% dos débitos. Em segundo lugar estão as concessionárias de serviços essenciais, como água e energia elétrica, com 15% das dívidas.
O levantamento também revela que 30,9% dos inadimplentes têm débitos de até R$ 500, enquanto 15,8% acumulam dívidas superiores a R$ 7,5 mil. O valor médio por consumidor negativado no Estado chegou a R$ 4.343 em março.
Outro dado que chama atenção é o da reincidência: 90% dos consumidores com nome sujo no mês já haviam passado pela mesma situação nos últimos 12 meses, evidenciando a permanência da inadimplência entre boa parte da população.
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