De acordo com denúncias anônimas da população de Ipu, cidade localizada a 315km de Fortaleza, pacientes que utilizam equipamentos de saúde do município estão sendo vítimas de uma prática recorrente: a venda de vagas em filas de postos de saúde e demais equipamentos públicos.
O depoimento que chegou à REDE ANC veio de uma moradora do Distrito de Ingazeiras. Segundo o relato, algumas pessoas que não necessitam dos serviços prestados no equipamento chegam mais cedo, conseguem a ficha e depois oferecem o lugar em troca de uma quantia em dinheiro.
Segundo a fonte, a reclamação se estende a outros distritos e comunidades de Ipu. Há, também, o relato das mesmas ocorrências na sede da cidade.
Pelas redes sociais, a Prefeitura de Ipu emitiu uma nota em conjunto com o Balcão da Cidadania. No material, o órgão deixa claro que a prática é proibida em todas as repartições públicas locais.
“É proibido vender ou guardar lugar em filas de atendimento de repartições públicas. Essa prática é ilegal e configura crime, conforme previsto no código penal. O descumprimento desta recomendação poderá acarretar em medidas previstas em lei”.
É válido informar que os suspeitos de realizar esse tipo de tumulto podem ser enquadrados nos artigos 288 e 265 do Código Penal. Segundo os referidos artigos, a prática constitui atentado contra a segurança de serviços essenciais.
No ano de 2022, um grupo de pessoas passou a ser investigado pelas autoridades policiais do Distrito Federal. Na época, essas pessoas eram suspeitas de vender vagas para atendimento nos Centros de Referência e Assistência Social (Cras).