Dados de pesquisas realizadas pela Fecomércio Ceará, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPDC), revelaram que, em setembro, o endividamento dos consumidores de Fortaleza se manteve estável. Enquanto isso, a confiança para realizar compras no comércio cresceu. O mês marca o início do período B-R-O Bró.
Em relação ao endividamento, 75,1% dos entrevistados afirmaram estar com dívidas, uma queda comparada a agosto (75,3%) e ao mesmo período de 2023 (75,7%). O perfil de quem está endividado é majoritariamente masculino (75,3%), com faixa etária entre 25 e 34 anos (80,1%) e renda mensal de cinco a dez salários-mínimos (76,8%). Além disso, o número de consumidores com contas atrasadas subiu para 21,3%, superando os 21,1% de agosto, mas ainda inferior ao índice de setembro de 2023, que era de 24,3%.
Outro dado relevante é o aumento do comprometimento da renda com dívidas, que passou de 43,7% para 44,4% neste mês. O valor médio das dívidas gira em torno de R$ 1.791, com um prazo de quitação de oito meses, sendo o cartão de crédito o principal meio de crédito utilizado, citado por 81,2% dos entrevistados.
Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou 120,7 pontos em setembro, refletindo um crescimento de 1,7% em comparação ao mês anterior. Essa alta na confiança está ligada a uma percepção mais positiva tanto sobre a economia atual quanto sobre o futuro. O Índice de Situação Presente (ISP) subiu 3%, atingindo 112,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas Futuras (IEF) teve um leve incremento de 1%, alcançando 126,5 pontos.
O levantamento também apontou que 53,6% dos consumidores consideram este um bom momento para adquirir bens duráveis. Os principais produtos de interesse são roupas (18,8%), televisores (18,4%) e geladeiras (17,1%), com um valor médio estimado de R$ 630,17 por compra. O perfil dos consumidores mais otimistas inclui homens (56,9%), jovens entre 18 e 24 anos (60,1%) e aqueles com renda superior a dez salários-mínimos (73,5%).
Apesar do crescimento na confiança, o índice de intenção de compra apresentou uma queda, de 42,4% em agosto para 36,8% em setembro. Mesmo assim, 86,7% dos entrevistados demonstraram otimismo, acreditando que sua situação financeira deve melhorar nos próximos meses.
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