A Notícia do Ceará
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PIB do Ceará registra crescimento com impulso da agropecuária e indústria

No segundo trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará apresentou um crescimento de 7,2%, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que teve alta de 32,52%. O destaque foi para as culturas de milho e feijão. A boa distribuição das chuvas no estado foi um fator determinante para o desempenho positivo da agricultura, conforme dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

A indústria cearense também mostrou sinais de recuperação desde o final de 2023, com um aumento de 9,93% entre abril e junho de 2024. Os setores de calçados, confecções e têxtil foram os que mais contribuíram para esse avanço. Além disso, o setor de serviços, puxado pelo comércio, serviços de veículos e serviços prestados às famílias, registrou uma alta de 4,48% no mesmo período.

O crescimento do Ceará no segundo trimestre foi o maior entre os estados que calculam o PIB trimestral. São Paulo, por exemplo, cresceu 4,5%, seguido por Pernambuco (4,1%), Paraná (2,89%), Espírito Santo (2,8%), Bahia (2,2%) e Minas Gerais (1,2%). O desempenho cearense mais que dobrou o crescimento do PIB nacional, que registrou 3,3%.

PIB do Ceará registra crescimento com impulso da agropecuária e indústria
Foto: Divulgação/Governo Federal

Este cenário se assemelha ao primeiro trimestre, quando o Ceará cresceu 5,2%. Enquanto isso, o Brasil avançou 2,5%.

Desempenho nacional do PIB

No segundo trimestre de 2024, o PIB do Brasil cresceu 1,4% em relação aos três primeiros meses do ano, marcando a 12ª expansão consecutiva do indicador. Esse aumento surpreendeu analistas, que esperavam um avanço de 0,9%. Em valores correntes, a economia brasileira movimentou R$ 2,9 trilhões, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Diferentemente de 2023, quando o setor agropecuário foi o grande impulsionador da economia, o destaque no segundo trimestre de 2024 ficou por conta da indústria, que cresceu 1,8%. A retração de 2,3% na agropecuária foi explicada pela concentração das colheitas no primeiro trimestre e pela queda nos preços internacionais de commodities, como soja e milho.

O setor industrial, por outro lado, foi impulsionado pela expansão no segmento de eletricidade e gás, resultado de investimentos em novas usinas e do potencial de exploração de novas reservas de gás no país. Além disso, a construção civil também se destacou, impulsionada pelo retorno de obras públicas e pelo aquecimento do mercado imobiliário, favorecido pela queda nas taxas de juros e pela ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida.

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