A Notícia do Ceará
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Potengi: discurso da oposição se mostra totalmente contrário a histórico de candidatos

O cenário eleitoral de Potengi (a 514km de Fortaleza) apresenta três nomes que concorrem à Prefeitura Municipal nas eleições 2020: Alizandra Gomes (PT), candidata a reeleição, Samuel Carlos (PSD) e Edson Veriato (PSOL). Enquanto Alizandra investe na proposta de continuidade para conquistar o eleitorado, os outros dois candidatos de oposição se utilizam da estratégia do discurso apelativo. No entanto, conforme levantamento realizado pelo ” A Notícia do Ceará“, por dados contidos no Portal da Transparência do Município, a postura e o histórico, tanto de Edson, como de Samuel, segue o lado contrário do discurso que os candidatos tentam emplacar em Potengi.

Segundo eleitores do município do Cariri Oeste, Edson Veriato tenta levantar a “bandeira” da agricultura. De acordo com o relato de eleitores que preferiram não se identificar, embora esteja se postulando como um representante desta categoria, o candidato do PSD não possui ações que comprovem a sua atuação nessa área, seja como trabalhador ou até mesmo como representante deste público.

“Nunca se viu Edson exercendo a atividade. Ninguém conhece nenhuma lavoura ou produto da agricultura produzido por Edson”, revelou um morador que pediu para não ser identificado. “Ele é forte militante da política pelo PSOL. Gosta de ser chamado na campanha de ‘liso’, mais ostenta uma campanha de dar e inveja a muitos candidatos”, continuou.

Este fato é reforçado quando observarmos dados oficiais que comprovam que Veriato foi lotado como coordenador de departamento na Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude (Seculte), estando como funcionário da Prefeitura de 2009 a 2015. Veja:

 

De acordo com relatos ao ” A Notícia do Ceará “, Veriato também assume a postura de quem veio das camadas mais baixas da sociedade. Porém, na época em que foi coordenador de departamento, o atual candidato chegou a gastar mais de R$ 4 mil em diárias, no período de 2012 a 2015, com recursos dos cofres públicos de Potengi, para supostas participações em eventos ligados à secretaria ou a área da cultura em geral, em cidades do Estado de São Paulo, Brasília e na capital cearense. “Ele recebia o salário, mas não chegava a ser um profissional atuante”, comentou uma fonte ligada a administração de Potengi, na época. Confira:

Pelo que foi apurado, Edson Veriato pode até declarar que é um candidato que fará pela agricultura, mas em mais uma pesquisa, seu nome foi envolvido em outra área. Conforme registro a seguir, o candidato do PSOL foi presidente da Ibitiara Esporte Clube, que chegou a ser desativada devido a irregularidades. Veja:

PSD

Com o discurso que nada condiz com postura e histórico, Samuel Carlos, que disputa a Prefeitura concorrendo pelo PSD, carrega um legado nada positivo, tendo o passado marcado por um escândalo político. Em 2013, por exemplo, quando foi prefeito de Potengi, teve a prisão preventiva determinada pela Justiça. De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), na época, o gestor de Potengi, juntamente com alguns funcionários de sua administração, estavam envolvidos em um suposto esquema que desviou cerca de R$ 779 mil de verbas públicas.

O desembargador Paulo Camelo Timbó ainda expediu mandados de busca e apreensão nas residências dos acusados e na sede das empresas envolvidas. No entanto, estrategicamente ou não, Samuel havia viajado para fora do país. Conforme informações do MPCE, era contínuo o esquema de fraude na aplicação de recursos públicos, envolvendo empresas como Skada Construções Ltda e Simões Construtora Ltda.

Assim como Veriato, Samuel registrou gastos excessivos com essa demanda enquanto esteve à frente da gestão do município. Ao lado da primeira dama, Elainy Cristina, que chegou a ser chefe de gabinete de Samuel quando ele foi gestor, foram gastos mais de R$ 300 mil para custeio. Recapitulando o escândalo ao qual Samuel foi envolvido em 2013, o MPCE afirmou que havia indícios de que  grupo atuava com as práticas ilícitas desde 2009, na Terra dos Ferreiros. Na época, a Justiça também expediu mandados de afastamento do cargo dos gestores públicos por 180 dias.

Atualmente, como mencionado no início da matéria, Alizandra Gomes é prefeita de Potengi e candidata a reeleição. Em 2016, a candidata do PT foi eleita com 65,80% dos votos válidos.

 

 

 

 

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