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Preso, presidente da Câmara de Canindé é suspeito de integrar grupo criminoso

Vereador “Panta”, presidente da Câmara Municipal de Canindé. Foto: CMC/Divulgação

A disputa pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de Canindé (a 120km de Fortaleza) acabou virando caso de polícia. O vereador e presidente da Casa Legislativa, Francisco Alan Uchôa, o “Panta”, foi preso na manhã desta segunda-feira (28/12), após investigações apontarem que o parlamentar estaria envolvido com crimes de corrupção ativa e passiva, ameaça, tentativa de homicídio e associação criminosa.

A dois dias de deixar o mandato, o parlamentar foi alvo de um mandado de prisão temporária por parte da Polícia Civil. As investigações dão conta de que Panta estaria envolvido no episódio que registrou disparos de arma de fogo, no dia 17 de dezembro, na residência de um outro vereador, e em frente a residência de Rosário Ximenes, prefeita de Canindé.

Objetos apreendidos com Panta.

De acordo com informações de figuras políticas locais que preferiram não ter a identidade revelada, Panta não teria aceitado o rompimento político do também vereador Adriano Ximenes, quem, em seguida, firmou aliança com a atual prefeita municipal. A Polícia Civil também realizou buscas e apreensões nas casas dos vereadores eleitos, Manoel Deodato e Geovani Lira, ambos do Solidariedade. Contra estes parlamentares foram aplicadas outras medidas cautelares, como proibição de contato com outros vereadores até o dia da eleição da nova presidência da câmara e o impedimento de se ausentar de Canindé. As medidas resultaram na apreensão de aparelhos celulares e cerca de R$ 6 mil dinheiro.

“Tem de se apresentar aqui para darem sua versão, pois até então não foram ouvidos. Achamos por bem deixar o Panta detido até a votação para eleição na Câmara. Aqui temos o direcionamento diferente do normal. Nós temos informações de compra de voto, corrupção ativa, passiva, ameaça, tentativa de homicídio. Nós vamos investigar para, se for o caso, dar a cada um a punição que merece. Nós trabalhamos com informações e aqui não temos essa [de diferenciar] se é um crime por tráfico, roubo ou colarinho branco”, comentou o delegado Daniel Aragão.

Com a decisão, o Réveillon do vereador será na prisão. Panta ficará detido pelos próximos cinco dias, prazo que pode ser prorrogado, se necessário.

 

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