Uma suposta falta de medicamentos no Hospital Municipal de Trairi, a 90km de Fortaleza, desencadeou uma série de polêmicas na cidade. Segundo profissionais que atuam na unidade hospitalar, dois vereadores invadiram as dependências do equipamento com posturas desrespeitosas.
O depoimento sobre a situação foi divulgado em um vídeo que circula nas redes sociais. Segundo a profissional, os parlamentares entraram nas dependências do hospital sem autorização, coagiram os trabalhadores e não tiveram sensibilidade para com os pacientes.
“Fomos surpreendidos com a invasão de dois vereadores. Eles gritaram nos corredores, colocaram o dedo na cara dos funcionários e os coagiram. O intuito deles era realizar uma filmagem para a propagação de fake news”, criticou.
Ainda de acordo com a responsável pelo vídeo, é equivocada a informação de que os pacientes foram prejudicados com a falta de medicamentos. “Esses vereadores não são da área da Saúde. Portanto, eles não entendem como funciona o serviço de um hospital. Todo o soro do hospital foi utilizado no período da tarde, mas reposto logo em seguida. Isso não impediu os pacientes de terem acesso aos remédios”, esclareceu.
Versão da população
Um vídeo gravado por um morador de Trairi, que não se identifica nas filmagens, rebate a versão informada pela profissional. De acordo com o responsável pela filmagem, os problemas na Saúde de Trairi vão além da falta de medicamentos.
Segundo o morador, que acompanhou a esposa dele em uma consulta no equipamento de saúde, a sobrecarga de atendimentos tem prejudicado os profissionais. De acordo com a versão dele, a Prefeitura de Trairi tem conhecimento do cenário, mas não toma as devidas providências para reforçar o corpo de profissionais.
“Nem soro esse hospital tem. A reclamação do médico que atendeu a minha esposa é que ele está fadigado e com muita dor de cabeça. São muitas pessoas para atender em um único dia”, expõe.
A REDE ANC entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Trairi e aguarda um posicionamento da gestão. Acompanhe essa outras informações nas plataformas da REDE ANC.
