O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 9 de junho o início dos interrogatórios dos oito réus investigados por tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro. As audiências ocorrerão presencialmente na sede do STF, com exceção do general Walter Braga Netto, que participará por videoconferência, por estar preso.

Os depoimentos fazem parte da ação penal contra o chamado “núcleo 1” da suposta trama golpista. São alvos do processo:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e deputado federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro e vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
O primeiro a ser ouvido será Mauro Cid, que é réu colaborador. As oitivas acontecerão no dia 9, das 14h às 20h. Caso seja necessário, o ministro Moraes já reservou novas datas: 10 de junho (9h às 20h), 11 de junho (8h às 10h), 12 de junho (9h às 13h) e 13 de junho (9h às 20h). Os réus poderão optar por permanecer em silêncio, conforme assegura a Constituição.
Concluída essa fase, Moraes irá elaborar o relatório do caso e apresentar seu voto. Não há prazo para isso acontecer, mas a expectativa no STF é que o julgamento do “núcleo 1” ocorra entre setembro e outubro deste ano. O processo será analisado pela Primeira Turma da Corte, formada pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e o próprio Alexandre de Moraes.
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