Em um relatório produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU), uma média de 235 milhões de pessoas irão precisar de assistência humanitária e proteção em 2021. O documento será apresentado a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, siglas em inglês).
O relatório anual prevê um aumento de 40% de vulnerabilidade social em relação a 2020, resultando em 736 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, com menos de 1,60 euro por dia. O documento inclui previsões sobre 56 países que poderão ser afetados com mais intensidade, entre eles: Moçambique, Colômbia, Venezuela, Ucrânia, Afeganistão, Iémen e Síria.
Alguns dos fatores que impactaram de forma negativa a população mais carente estão o aumento dos preços dos alimentos, a quebra de rendimentos, interrupção de programas de vacinação, o fechamento de escolas, desalojamento e a violência. Além, é claro, da pandemia do novo coronavírus, que pode ter provocado 495 milhões de demissões só no segundo trimestre de 2020.
Mark Lowcock, coordenador do Plano de Resposta Humanitário Global da Covid-19 (GHRP, sigla em inglês), trata-se de uma escolha entre juntar forças para ajudar todos os países e pessoas em necessidade ou deixar que 40 anos de progresso sejam revertidos.