No dia 17 de novembro de 2021, Nadinny Honorato, de 25 anos de idade, foi assassinada a golpes de faca pelo ex-companheiro, Jaime Rodrigues. O fato ocorreu em Crateús, a 350km de Fortaleza. Dois anos após o crime, o episódio teve uma nova repercussão: o julgamento do caso, marcado para esta terça-feira (21/11), foi adiado e poderá mudar de local.
Segundo o advogado de defesa, Francisco Carlos de Sousa, a principal tese defendida para que o julgamento possa ocorrer em outra comarca é garantir a imparcialidade do júri. “Eventualmente o caso pode ser julgado em Crateús, mas estamos confiantes de que o julgamento possa ser na capital. Aqui não há como o réu ter um julgamento justo, pois há dúvida quanto à imparcialidade dos jurados”, esclareceu.
Em entrevista à imprensa local, o advogado afirmou, ainda, que a motivação de pedir a transferência do julgamento não tem ligação com o risco à integridade de Jaime Rodrigues. “Apesar dos rumores de riscos à integridade, não levamos por esse lado. Acreditamos que ele [Jaime] está muito bem escoltado. O que nós observamos é que não há imparcialidade”, reforçou.
Ainda conforme o advogado de defesa, o objetivo é conseguir a pena mais branda possível. “Claro que num caso como esse não vamos pedir absolvição, mas vamos apresentar da melhor forma possível teses defensivas para o júri”.
Relembre
Conhecido como “Manim”, Jaime assassinou a ex-companheira por não aceitar o fim do relacionamento. De acordo com membros da Perícia Forense, autoridades policiais que acompanharam o caso na época, Jaime se dirigiu até o local de trabalho de Nadinny e golpeou a moça com 30 facadas.
Nesta terça-feira, familiares e amigos de Nadinny compareceram ao local de julgamento, em Crateús, com faixas e cartazes pedindo pena máxima ao réu.
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Com informações do correspondente Leonardo Silva