O projeto “Caminhos da resiliência” atua desde 2017 nos sertões de Crateús com o intuito de solucionar problemas cotidianos de cerca de 830 pescadores artesanais da região. O projeto realizado pela Cáritas Diocesana de Crateús, em parceria com o conselho pastoral de pescadores foi destaque, este ano, como uma das 10 soluções mais inovadoras da área no Brasil.
Para Adriano Leitão, coordenador de Projetos Sociais da Cáritas em Crateús e articulador do Caminhos da Resiliência, um dos principais objetivos é enfrentar os problemas de desproteção da categoria, a invisibilidade e baixa auto-estima, o não reconhecimento identitário da mulher pescadora e a necessidade de melhoria nas legislações.
“Para isso, a gente faz um trabalho de intensificar os processos de afirmação identitária, de evidenciar e reconhecer, de dar visibilidade, de suscitar e capacitar novas lideranças, em especial jovens e mulheres”, disse.
A seleção como um dos projetos mais inovadores do País foi divulgado, em julho, pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, coordenado pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e financiado pela União Europeia. Neste ano, cerca de 100 iniciativas participaram da seleção.
Ações do projeto
- Atendimento odontológico específico para pescadores e pescadoras em Ipaporanga;
- Aquisição de cestas básicas de alimentos, em Novo Oriente;
- Aquisição de um prédio público, que estava abandonado em Novo Oriente, cedido à colônia de pescadores;
- Entrada de pescadores e pescadoras em programas governamentais, como PAA e Pnae;
- Aquisição de canoas, isopor, e galões de água para melhorar a atividade da pesca;
- 21 sistemas bioáguas para reutilização de água na irrigação.
Os detalhes foram levados ao programa “A Notícia do Ceará” pelo correspondente Leonardo Silva.
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